Mais de 20 modelos de ultrabooks terão produção local

Empolgada com o tamanho do mercado brasileiro, que se tornou o terceiro maior consumidor mundial de computadores, perdendo apenas para China e Estados Unidos, a Intel decidiu fazer este ano o Intel Developer Forum no Brasil e o destaque, na abertura do evento, foi para a produção local de ultrabooks. A multinacional levou para a abertura do fórum, ocorrida nesta manhã, em São Paulo, os fabricantes que começam a fazer localmente o ultrabook -- um PC ultrafino, que incorpora características de notebooks e tablets, com bateria de longa duração e recursos como tela sensível a toque e sistemas de segurança.

"Trata-se de uma categoria de computadores, com diferentes tamanhos de tela, que começarão a ser produzidos localmente, com incentivos do PPB (processo produtivo  básico), o que deve resultar em um menor custo do equipamento, afirmou Fernando Martins, presidente da Intel Brasil. A empresa estima que até o final deste ano 11 fabricantes estarão produzindo mais de 20 diferentes modelos no país.

Uma das empresas que vai iniciar a fabricação do ultrabook é a STi - Semp Toshiba Informática, que terá inicialmente dois modelos: um com foco em usuários que necessitam de espaço em disco (além da memória flash de 32 GB, o produto terá um HD de 500 GB); e o outro direcionado aos usuários que buscam performance e tempo de resposta (neste caso o produto será configurado com memória flash de 128 GB ou 258 GB).

Outros fabricantes que anunciaram a produção do computador no Brasil são CCE Info, Dell, HP, LG, Megaware, Positivo e Samsung. A CCE já fez os investimentos na fábrica, em Manaus, para produzir os ultrabooks. "O processo é diferente, pois a placa é mais fina, mas já estamos preparando para iniciar a produção", informou Rogério Fleury, diretor de projetos da CCE/Digibras. Segundo ele, o ultrabook deverá custar cerca de R$ 2 mil. "Com a oscilação do dólar está difícil falar em preço final", afirmou.

O novo modelo de computador com tecnologia e chip desenvolvidos pela Intel foi anunciado na Computex, em junho de 2011, e alguns modelos, importados, já estão no mercado brasileiro. "A demanda tem sido acima das expectativas e acreditamos que, com a produção local, este computador será um grande sucesso", comentou Fernando Martins.

A Intel investirá, mundialmente, US$ 1 bilhão na campanha de marketing para divulgar o ultrabook. Para as pesquisas e desenvolvimento do produto, a Intel criou um fundo de US$ 300 milhões. Além de tamanho, peso, performance, o presidente da Intel Brasil destacou os sistemas de segurança do computador, que vem com tecnologias anti-fraude e antirroubo embarcadas. No caso de roubo, o usuário pode acessar uma página na Web e inutilizar a máquina. Outro diferencial é o tempo para iniciar a máquina (do boot até a área de trabalho totalmente carregada) não ultrapassa sete segundos.